18 setembro 2013

Coisas que a gente aprende com a vida

Vivendo e aprendendo. Eis um dos maiores pleonasmos da vida. Viver é quase sinônimo de aprender. Aprendemos com tudo. Só não aprendemos a enxergar tudo o que aprendemos no dia a dia. E, talvez, só talvez, isso nos faça sofrer, tomar caminhos incertos, tomados pela insegurança de indecisões que julgamos ser corretas.
Na verdade, para quem de fato vive, não existe o correto e o incorreto. Existe a escolha, existem as opções. Nada é certo ou errado. Apenas é diferente. Errado é apenas não viver.
E com a vida aprendemos, dentre outras tantas coisas, que precisamos nos alimentar. E que precisamos de alimento para o corpo e para a alma. Aprendemos que rúcula, brócolis e jiló são bons (mesmo sendo ruins) e que cumplicidade, carinho, companheirismo, alegria são ingredientes indispensáveis que dão sabor especial à vida.
Aprendemos que andar é melhor que engatinhar, mas que raras vezes conseguimos um sem ter feito o outro. Da mesma forma aprendemos a engatinhar nos sonhos, sabendo que estar de pé é melhor, e que devemos engatinhar com sabedoria, porque só os grandes conseguem alcançar grandes sonhos e que essas pessoas grandes, geralmente, andam de joelhos, por assim dizer.
Aprendemos que o coração tem razões que a própria razão desconhece e que, portanto, por mais que tentemos enganá-lo, ele não escuta, não aceita, não cede, e pela própria razão desconhecer suas razões, ele sempre acaba tendo razão. Não entendo então porque demorarmos tanto tempo a enxergar que deveríamos (se não sempre, na grande maioria das vezes) ouvir a vontade de nosso coração. Ele é o único que nos conhece a fundo.
Aprendemos que ver um filme junto é bom, mas que ver abraçado é melhor ainda, e é dessa maneira que percorremos as maiores e melhores distâncias da vida, porque estas distâncias a serem percorridas estão dentro de nós mesmos e geralmente precisamos de outra pessoa para fazermos isso, pois não somos capazes de fazê-lo sozinhos.
Aprendemos que uma música boa que te toca sempre lembra alguém, e que isso pode trazer lágrimas e que, sejam elas de tristeza ou de alegrias, fazem parte de sua história e você jamais irá mudar isso.
Descobrimos que feridas cicatrizam, e mais rápido com a ajuda de merthiolate, mas que as feridas da alma só cicatrizam com o tempo e uma pitada certa de palavras, conselhos, abraços e afagos e, quase sempre, com a presença daquela única pessoa que é o motivo dos seus sorrisos mais bobos. Porque sorrisos bobos não tem motivos e amor não precisa de explicação.
Aprendemos que por mais que a gente tente, uma boa companhia não é sinônimo da MELHOR companhia. Porque a melhor companhia não é escolhida por antecedentes criminais, saldo bancário, currículo ou indicação, mas pelo coração, pelo cheiro, pelo toque, pelas batidas aceleradas que provocam.
Aprendemos que dar as mãos não significa mesmo acorrentar a alma, mas acariciar o coração, porque o coração jamais vai embora de onde tem carinho e, quando o faz, sente falta.
Aprendemos que a falta que uma pessoa te faz jamais poderá ser substituída por outra pessoa, porque sentimento não se substitui.
Aprendemos que por mais que estejamos velhos demais, cansados demais, infelizes demais, insatisfeitos demais, sempre iremos aprender. E que o motor de toda aprendizagem é, com certeza, o amor.

2 comentários:

  1. Hoje com 30 anos e convivendo com gente mais nova que eu em sua maioria eu consigo entender bem melhor o que dizes do que seria capaz outrora.

    Grande beijo!

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    1. Com certeza Eraldo. E são essas visões e descobertas que nos tornam melhores a cada dia! Obrigada pela visita! volte sempre! ;)

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