27 março 2010

Pessoas

As pessoas preocupam-se em demasia com coisas que não lhes interessam ou não vão mudar nada em suas vidas. Gastam milhares de neurônios falando de alguém, julgando outros, se preocupando com coisas banais. O que era para ser dito, o que era para ser feito, o que, de fato, merecia preocupaçãp, ocupa um segundo lugar numa lista que não é a de prioridades. Mesquinharia? Não, Acredito. Sou daquelas que acrdita nas limitações humanas e nõa an maldade (quase inerente). Acho que é mais cultura. É claro que é algo um tanto universal. Mas podemos dizer, então, que é uma cultura humana. Os olhos das pessoas jamais se voltam para onde deveriam olhar. Os ouvidos, jamais se atentam ao que deveriam ouvir. Ao não dito. Ao não falado. Ao sentido. Ao grito de socorro. Centenas de pssoas enriquecem todos os anos através de palestras sobre liderança e inter-relações pessoais ou resolução de conflitos. São pessoas evoluídas que sabem do que estou falando. E sabem também que a maioria, não dá ouvido à essas palestras. Mas se contentam em colher um fruto de mil sementes plantadas. Convido-lhes a observar mais, falar menos e não tomar partido, em hipótese alguma. Se mantenha num encalço de naturalidade, simplicade e compreensão. Não se jogue contra os outros, nem contra si mesmo. Não caia no erro da contradição. Viva mais, Se preocupe mesnos. E, ao se preocupar, priorize as coisas prioritárias. Saiba viver. Conserve seus neurônios.

14 março 2010

O melhor remédio

O mundo inteiro está precisando de remédio.
A maioria das pessoas estão loucas. E não é louco naquele sentido psicológico ou psiquiátrico da palavra. É louco de sem noção.
No trânsito, um homem bateu em uma mulher grávida. Três adolescentes arrastaram uma criança pelas ruas. E por aí vai.

E cadê o remédio pra esse mundo que ás vezes parece sem jeito?
E o remédio, somos nós. Ou deveríamos querer ser os remédios uns dos outros. Sabe, pessoas que se entendem, pessoas que se abraçam. Pessoas que se ajudam. Não somos mais essas pessoas. Fechamos o portão da nossa casa e (foda-se) o que acontece na rua. É mais fácil não enxergar o idoso comendo lixo ali na esquina, ou a criança se prostituindo do outro lado da rua.

Ah, então devemos sair adotando o povo da rua e trazer pra nossa casa??? Odeio essa pergunta. Tamanha hipocresia de quem apenas se acovarda atrás de seu miserável mundo melhor e perfeito.

Só estou querendo dizer que podemos mudar o mundo. Você, eu, todo mundo. Educando nossos filhos, ensinando princípios, valores. Porque isso, não se vende em supermercado. Não reproduzindo o preconceito, uma dor que arde no mundo.

Não precisa ir lá e adotar os moradores de rua. Mas quem sabe, dar o que comer. Quem sabe mesmo, ajudar a arrumar um emprego. Buscar ajuda com quem possa ajudar. Não será da noite pro dia que as coisas serão diferentes. Mas vamos esperar quanto tempo para começar? Ofereça sua rosa hoje. E ofereça-a todos os dias.

07 março 2010

Pensamento do Dia

"Se você conseguir entender 1% da cabeça de uma mulher, sinta-se privilegiado. Geralmente os homens entendem 0%"

05 março 2010

1º Atendimento

Tive meu primeiro atendimento como estagiária hoje. Foi uma experiência inexplicável que tento descrever abaixo. Diga-se de passagem que as emoções jamais poderão ser transcritas. O estágio é realizado em duplas, por isso as falas no plural.

Atividade realizada: "Psicodiagnóstico."



Entrevista inicial com os responsáveis pela criança. Os dois compareceram (pai e mãe), portanto, como tínhamos discutido a necessidade anteriormente, pelo caso da criança, dividimos o atendimento em dois momentos. No primeiro momento fizemos a entrevista com a mãe e, no segundo momento, fizemos a entrevista com o pai, para observar claramente a percepção que cada um deles tem da criança. Foi realizada a Anamnese nesses dois momentos. Não vimos necessidade de chamar os pais novamente, portanto, na próxima sessão, já teremos atendimento com a criança.


Inicialmente me senti insegura. Mas logo me entreguei ao momento do encontro, do primeiro contato de da entrevista, de fato, me propondo a realmente ser um meio de ajuda para aqueles pais que se encontravam tão ansiosos e desesperados em relação ao comportamento do filho. Me senti mais segura e tentei acolher, de fato, os problemas trazidos pelos pais da criança. Procurei não demonstrar reações nos relatos (nem de reprovação, nem de concordância). Busquei deixar a conversa fluir e aproveitava os ganchos trazidos pelos pais para aprofundar em questionamentos que julguei importantes como relacionamento familiar, relacionamento da criança com outras crianças tanto na escola como em casa; relacionamento com outros familiares; gestação; percepção dos pais em relação ao filho e em relação a si mesmos (como figuras paterna e materna), etc. Os pais foram muito colaboradores, responderam prontamente as perguntas, me deixando, também mais à vontade (na medida em que eu também tentava deixá-los à vontade no atendimento). Expliquei as regras do atendimento (horários, atrasos, atendimentos, faltas, justificativas, dentre outros), demonstrei a importância do comparecimento da criança para o psicodiagnóstico e para um possível encaminhamento (se necessário).

Para mim foi uma experiência quase que inexplicável O primeiro contato me deixou com uma expectativa enorme de como será todo o processo do psicodiagnóstico e me deixou ainda mais com vontade de atender a criança, conhecê-la pessoalmente, alguém que acabei de conhecer através dos seus pais. Estou extremamente motivada a continuar o psicodiagnóstico e ver como poderei ajudar essa criança e, consequentemente, essa família. É de extrema importância sentir e perceber o quanto podemos oferecer em relação à ajuda para uma família e o quanto essa família se propõe a ser ajudada no momento em que decide procurar o atendimento e se abre conosco. Me senti útil, capaz de levá-los a algum lugar, um lugar de conforto. E foi isso que fiz nesse primeiro momento.

Numa primeira sensação (e até mesmo confirmado esse sentimento pela fala da mãe da criança), percebi um possível problema familiar sendo depositado na criança. Um problema que se inicia antes mesmo dessa criança nascer (com a negação da avó materna em aceitar a criança pela raça negra).

Foi extremamente importante pra mim, como estudante e como futura profissional, esse primeiro momento. Percebi certos medos e anseios no momento do atendimento, mas também percebi o quanto posso controlá-los para que não atrapalhem o processo. O quanto é importante deixar as pessoas à vontade e demonstrar confiança, iniciando o estabelecimento de um vínculo, para que se sintam acolhidas e confiantes e dizer coisas das quais tem medo, temor, vergonha, etc.



Foi uma experiência inigualável que levarei por toda a vida, com certeza.