08 agosto 2009

Como escultura

Muitas vezes nem sei se faço parte mesmo desse mundo. Ou se é ele quem faz parte de mim.
Tem dias em que meus pensamentos vão a um lugar estranho, solitário, onde só eu consigo chegar.
E, pasmem... Estou sóbria. Pelo menos desta vez.
Não que o nosso amigo álcool faça despertar coisas que ás vezes não sei dizer. Mas que agora estou convivendo menos com ele. Não por opção, mas por falta de oportunidade. (haha)
Sério. O último vinho me trouxe eternas alegrias, amizades e companhias. Até mesmo voou sozinho pra um copo desconhecido. Depois, não pude falar. Estava muito ocupada.
Mas, vamos lá. Nesse lugar onde vou posso ver tudo. Não é o olho de Tandera, mas me mostra muita coisa. Nem sempre eu entendo, mas me mostra. Mostra quem eu sou, quem fui e muitas vezes quem vou ser. E nesse último, em várias formas diferentes, como seu eu olhasse e pudesse clicar na que mais me chama a atenção. Parece me mostrar escolhas... Feitas.... E a fazer. no fim, dou de cara comigo mesma, pra variar.
Nesse lugar, fico confusa. Não com as decisões, mas com os sentimentos.
Eles vem e vão. Se mistruam e me deixam magoada. Mas o pior é que não consigo saber de onde vem a mágoa. Do estranho, do distante, do mal resolvido. Da dúvida sabe.
Não do presente. Este realmente tem me presenteado.
Sei lá. Se nem eu sei entender, de que adianta bater à porta de Freud, Klein e Lacan. Estes, coitados, nem dariam conta de tudo. Aliás, eu tenho que dar.
Bem, quando eu descobrir o que se passa... talvez...
Enquanto isso, fico eu aqui, servindo de escultura pra um tempo que não passa.
Tudo bem, até as esculturas tem lá seus grandes valores....

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